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Alegrete, Centro do Mundo,

8 de janeiro de 2012

POESIA DE DOMINGO

 Buenas indiada campeira! A partir de hoje, todos os domingos tentaremos colocaremos versos campeiros para manter viva a chama crioula que existe dentro de cada um de nós, versos esses que poderão ser poesias, letras de musicas, cantadas de flor e truco e versos crioulos da mais pura tradição, para você ler enquanto toma um amargo solito no más ou declamar naquela roda de chimarrão.

Para inicio de conversa escolhemos a letra da música Chimarrita de Calpão, do saudoso Noel Guarany*.

Chamarrita de Galpão

A trote e a galope percorro qualquer lonjura
Com a minha vida nos tentos e a justiça na cintura

É coisa linda de ver, um índio quando se agarra
E destorce um doze braças dando pealos de cucharra
E a dirigir a festança no compasso da chamarra

O dia que eu amanheço com os pés apapagaiado
Com a bombacha arremangada e o tirador do outro lado
Milico na minha frente não passa sem ser notado

Quem será aquele louco que vai toda disparada
Respondi no pé da letra não é louco, não é nada
Aquele lá é um gaúcho que vai ver sua namorada

Sou domador de mão cheia ginetaço flor e flor
Tranço laço, ainda por cima tenho sorte para o amor
Não sou manco na guitarra, guitarreiro e pajador


* Noel Borges do Canto Fabrício da Silva, o Noel Guarany, era descendente de italianos e índios guaranis, aprendeu, de maneira autodidata, o idioma guarani, bem como a compor, tocar e cantar.Na década de 1960 percorreu diversos países latino-americanos, onde colheu diversos ensinamentos que utilizou como subsídio para criação de suas músicas durante toda a sua carreira.

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